CMCB oferece observação segura do eclipse solar aberta ao público

18 de agosto de 2017 - 13:20

O eclipse, último fenômeno do tipo visível do Ceará nesta década, poderá ser observado no dia 21 de agosto, a partir das 16h20. O uso de equipamentos de proteção adequados é fundamental para garantir uma visualização segura, sem danos aos olhos do observador.

Por milênios, os eclipses solares estiveram envoltos numa aura de encanto e misticismo, consequência dos efeitos impactantes que a redução do brilho solar em pleno período diurno causa em nossa percepção do mundo. Taxada ora como fenômeno divino, ora como intervenção demoníaca, a ocultação total ou parcial do Sol pela Lua sempre se destacou entre os eventos astronômicos por ocorrer à luz do dia e envolver os dois objetos celestes de maior destaque nos céus terrenos.

“Hoje em dia, sabemos que os eclipses, tanto os que consistem na ocultação do Sol pela Lua quanto os que envolvem a ocultação da Lua pela sombra da Terra, são eventos absolutamente naturais e inclusive previsíveis com séculos de antecedência. Mesmo assim, eles continuam a disputar facilmente o posto de evento celeste mais encantador que um habitante da Terra pode enxergar sem a ajuda de equipamentos ópticos ou eletrônicos”, explica o primeiro-tenente João Romário Fernandes Filho, professor de Astronomia do CMCB.

Mas por “sem a ajuda de equipamentos ópticos ou eletrônicos”, não se entenda “sem nada entre os seus olhos e o fenômeno observado”. A bem da verdade, para se observar o eclipse lunar, que acontece quando a Lua cruza a sombra da Terra projetada para o lado oposto àquele em que se encontra o Sol, basta olhar para a Lua diretamente. Já no eclipse solar, que acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol alinhada com ambos os astros, o objeto eclipsado é o próprio Sol. Como ele é é cerca de 400 mil vezes mais brilhante do que a Lua Cheia, jamais se deve tentar observá-lo sem proteção, mesmo durante um eclipse.

“Daqui de Fortaleza, poderemos ver 40% do disco solar eclipsado pela Lua no ápice do fenômeno, por volta das 17h13. É o bastante para causar uma lacuna significativa no Sol, muito bonita de se ver. Ao mesmo tempo, a intensidade da luz solar, mesmo durante o ápice do eclipse, vai estar alta demais para sequer se cogitar olhar diretamente para ele. Para contemplar o eclipse sem correr o risco de causar danos, que podem ser permanentes, às células fotossensíveis do olho, é imprescindível o uso de filtros solares. No Colégio, forneceremos vidros de solda verdes na tonalidade 14, um tipo de filtro reconhecido internacionalmente como uma das alternativas que oferecem melhor custo-benefício para a observação do Sol”, esclarece o professor.

Para participar do “observaço” gratuito e aberto ao público promovido pelo Colégio, sob supervisão e orientação especializadas, basta se dirigir à sede da escola a partir das 16h no dia do eclipse. A Lua começa a cobrir o disco solar por volta das 16h20, atingindo a máxima ocultação cerca de uma hora depois. Pouco antes das 17h40, o Sol deverá se pôr ainda parcialmente eclipsado. É bom aproveitar, porque, depois desse, o próximo eclipse solar visível em Fortaleza será só em 2023!

Vidro de Solda 14

Na matéria Solar Filter Safety, publicada na revista especializada Sky & Telescope, o professor Ralph Chou, da Waterloo School of Optometry and Vision Science, explica que “os vidros de solda de tonalidade 12 a 14 são filtros solares populares e seguros, fáceis de obter em lojas de produtos para solda. A maioria dos observadores prefere tonalidades 13 ou 14; a imagem através do filtro 12 fica desconfortavelmente brilhante”.

Serviço:

Observação pública, gratuita e com supervisão especializada do Eclipse Solar
Data: 21 de agosto de 2017
Horário: A partir das 16h20
Local: Colégio Militar do Corpo de Bombeiros
Endereço: Rua Adriano Martins, 436, Jacarecanga, Fortaleza/CE
Contatos: (85) 98684.8728 [Ten Romário] / 3101.2211 [Assessoria de Comunicação do CBMCE)