Corpo de Bombeiros apresenta Portaria que viabiliza a autorização de empresas na produção de eventos
18 de agosto de 2017 - 11:56
Dentre as principais mudanças, no novo modelo admite-se que logo no ato da abertura do processo seja entregue toda a documentação necessária para a análise do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP), bem como da vistoria técnica (realizada in loco para conferir se o que se encontra no PSIP condiz com a realidade). Essas duas fases eram feitas em momentos separados, o que atrasava o processo.
O prazo limite para que as empresas dessem entrada junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas (CAT) era o de 10 dias antes da data do evento. Para muitas empresas que trabalham na produção e/ou cerimonial, o prazo era inviável, pois muitos contratos eram fechados nas vésperas. Desta forma, a CAT se preparou para atender à demanda aumentando o quadro de analistas e vistoriantes e reduzindo esse prazo limite de dez dias para 72 horas antes do evento.
Na tarde desta quinta-feira (17), foi feita uma reunião onde membros da CAT apresentaram aos profissionais que trabalham na produção, montagem e cerimonial de eventos de reunião de público as principais mudanças, além de tirar dúvidas, pontuando quais são os principais erros que acarretam na reprovação do PSIP e acabam atrasando a emissão do certificado de conformidade ou até mesmo, acarretando a não realização do evento.
Cada evento é único, com capacidade de público, dimensionamento de estruturas e características distintas. Isso significa que cada ocasião exigirá preventivos contra incêndio e pânico diversos. Porém, em locais de reunião de público, geralmente são exigências do Corpo de Bombeiros a quantidade adequada de saídas de emergência, bem como o dimensionamento; as Anotações de Responsabilidade Técnicas (ART”s) dos engenheiros responsáveis pela montagem de estruturas físicas ou elétricas; a quantidade de hidrantes (se necessária a canalização preventiva) ou extintores de incêndio; as placas que indicam as saídas e a iluminação de emergência; a brigada de incêndio; o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA ou para-raios, se necessário), etc.
Segundo o Coordenador de Atividades Técnicas, Coronel Eduardo Holanda, uma das maiores preocupações em locais de reunião de público são as complicações oriundas de um tumulto provocado numa situação de pânico. “Muitas vezes, num incêndio, as pessoas acabam morrendo pisoteadas ou asfixiadas por não conseguirem evacuar a edificação. Medidas simples podem ser tomadas para evitar que um momento de festa se transforme numa tragédia. E o Corpo de Bombeiros não atua apenas no socorro no momento do sinistro. Nosso principal objetivo é o de salvar vidas através de medidas preventivas e evitar que o acidente ocorra”.