#Bombeiros90anos: ‘Heroínas do Fogo’ ofertam competência ao serviço militar

6 de agosto de 2015 - 14:06

Quem pensa que a tropa do Corpo de Bombeiro Militar do Ceará é composta exclusivamente por homens, se engana. Embora muita gente pense que só eles possam atuar na corporação, atualmente, a instituição conta com a dedicação de 32 mulheres em um universo de 1.669 militares e não há atividade que elas não façam. Seja no serviço terrestre, aquático ou aéreo, as “Heroínas do Fogo” estão a serviço da sociedade cearense.

 

No Brasil, as mulheres são maioria da população, passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias. Divididas entre nove oficiais e 23 praças, essas mulheres conquistaram espaço na sociedade, o respeito dos colegas de farda, a elevada credibilidade popular, e, hoje, ninguém mais imagina os bombeiros sem a competência feminina.

 

De acordo com o comandante geral da corporação, coronel João Carlos Gurgel, a chegada das mulheres trouxe mais sensibilidade no serviço militar. “O ingresso das mulheres na corporação foi um marco positivo na nossa história. Por natureza, elas trazem mais sensibilidade no trato com as pessoas, característica essencial em uma instituição voltada para prestação de serviços à sociedade”, enfatizou.

 

TS7133A soldado Mariana Isabel e Silva, de 19 anos, é a primeira mulher guarda-vida do Corpo de Bombeiro, formada no último mês de junho. Para ela, essa diferença só aumenta o compromisso na carreira militar. “É uma responsabilidade muito grande, uma cobrança pessoal gigantesca, de representar a classe feminina dentro do Corpo de Bombeiros, mais especificamente como guarda-vida”, informou.

 

Mariana lembra como foi o curso de formação e comenta que o tratamento recebido foi o mesmo dado aos militares do sexo masculino. “O treinamento foi igual ao dos homens, com a diferença de que tivemos que fazer um esforço maior para conseguir realizar o mesmo trabalho que eles”, salientou. Sobre o fato de ser bombeiro, ela disse sentir “um grande orgulho, por ser referência na sociedade”.

 

Já Helen Prado, de 18 anos, que também foi formanda na turma de junho, é a primeira mulher a atuar no serviço de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros. Ela fala qual foi sua motivação para ser um bombeiro militar. “Eu já via esse trabalho com bastante admiração. O contato direto, desde a época do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, e o exemplo do meu pai – que também é bombeiro -, foram fatores que me motivaram no serviço militar”, afirmou.

 

TS7157A armadora, função desempenhada por ela, disse ainda que para ser militar é preciso tomar algumas precauções no dia a dia, já que eles lidam com força física e mental. “O cuidado com o físico e o psicológico nessa profissão é muito importante, pois lidamos com o sofrimento das pessoas e com equipamentos pesados que operamos diariamente”, acrescentou.

 

 

Aeródromo de Fortaleza

No Aeroporto Internacional Pinto Martins, o serviço que garante a segurança dos passageiros em caso de emergências é realizadas por 46 bombeiros capacitados especificamente para os trabalhos de salvamento e prevenção e combate a incêndio. A rotina desses profissionais é de constante treinamento, buscando garantir a máxima rapidez e eficácia caso haja algum imprevisto.

 

Diferentemente dos bombeiros urbanos, bombeiros de aeródromos atuam apenas nos sítios aeroportuários, podendo ser autorizados a agir em resgates de acidentes aéreos num raio de 8 km a partir dos aeroportos em que estão baseados. As viaturas utilizadas também são diferentes, equipadas ao mesmo tempo com Líquido Gerador de Espuma (LGE), água e pó químico, assim como aparatos específicos para disparo de líquidos no combate ao fogo.

 

TS7380A combatente Estela de Almeida é uma das primeiras mulheres destacadas para atuar no aeródromo de Fortaleza. Junto da soldado Sheyla Sousa, ela foi formada na turma do mês de julho e falou sobre a paixão pela profissão. “O bombeiro é visto como herói. Mas, às vezes, nós não nos vemos assim porque somos seres humanos e temos nossas limitações. O heroísmo da gente está realmente no coração, na vontade de ajudar o próximo e de fazer o trabalho bem feito, independente da valorização profissional ou salarial. O que queremos é realizar nosso trabalho tendo a oportunidade de salvar vidas”, explicou.

 

A militar comentou ainda sobre a desigualdade de gêneros, não só no serviço militar – mas em todos os setores de atuação feminina. “Nós lutamos para que não haja essa diferença, mas sabemos que mulheres têm limitações físicas. Porém, nós damos o melhor para sermos consideradas como profissionais e não, simplesmente, como mulheres”, pontou.

 

 

Efetivo feminino

TS7237O Corpo de Bombeiros atua nas mais diversas áreas e conta hoje com o serviço de 32 nobres guerreiras, que diariamente se doam para salvar vidas. Dessas, 23 atuam como praças no Núcleo de Busca e Salvamento (NBS), guarda-vidas, combatente de incêndios em aeronaves, no Grupamento de Socorro de Urgências (GSU) e no serviço de combate a incêndio.

 

Na patente de oficiais, nove heroínas compartilham experiências no serviço prestado ao Grupamento de Socorro de Urgências (GSU), no setor de Comunicação do órgão, na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança – CIOPS, nos estabelecimentos de ensino ligados à corporação (Colégio e Creche), no administrativo e no serviço de combate a incêndio.

Efetivo Feminino-01

 

 

Para assistir ao vídeo com entrevistas das bombeiras citadas na matéria, clique AQUI.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Site do Governo do Estado do Ceará

Wiarlen Ribeiro
Repórter / Célula de Reportagem

Fotos: Tiago Stille / Governo do Ceará

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