Museu do Corpo de Bombeiros e o Dia Nacional do Patrimônio Histórico

17 de agosto de 2021 - 17:14 # #

Texto: Museu do Corpo de Bombeiros (MCB)

Museu do Corpo de Bombeiros e o Dia Nacional do Patrimônio Histórico

Museu do Corpo de Bombeiros e o Dia Nacional do Patrimônio Histórico

No Dia Nacional do Patrimônio Histórico celebra-se a importância da promoção da preservação dos bens históricos e culturais do Brasil, fortalecendo a identidade nacional, o direito a memória e a contribuição para valorização das construções e espaços de outrora.

Museu do Corpo de Bombeiros

Para tanto, vamos um pouco da História do Casarão Vermelho. O prédio está localizado no Bairro do Jacarecanga, tendo como projetista o Engenheiro Militar Capitão José Rodrigues da Silva. A data de início da construção do prédio foi o dia 5 de janeiro de 1934 e sua inauguração foi em 7 de setembro de 1934. Possuindo o prédio histórico aproximadamente 1.110m2 de área construída em uma área de 6.163m2, atualmente funcionam diversos serviços, setores e um Quartel Operacional do CBMCE. Seu tombamento data de 24 de agosto de 2006 pela Secretária da Cultura da Prefeitura de Fortaleza (SECULTFOR) e pelo Conselho de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (COMPHIC) pela lei nº 9.108.

Museu do Corpo de Bombeiros

O contexto urbano de sua construção na cidade de Fortaleza já  consolidava o Jacarecanga como um bairro residencial das elites, surgindo em paralelo ao novo Código de Posturas de Fortaleza (1932), em substituição de 1893 e o Plano de Remodelação e Extensão da Cidade de Fortaleza (1932) elaborado pelo Arquiteto e Urbanista Nestor Figueiredo, além da construção do primeiro edifício vertical de Fortaleza, o Excelsior Hotel, com sete pavimentos (1931).

O Edifício é construído na linguagem Art Déco, estilo arquitetônico moderno, consolidado por um contexto de progresso urbano das cidades a partir da década de 30, assinalado pela modernização e tecnificação dos materiais,  maior racionalidade e funcionalidade dos edifícios, sendo marcado pela influência norte-americana, sobretudo devido a Segunda Guerra Mundial e pela divulgação de novos referenciais estéticos nas artes.

O Casarão Vermelho tem sua inserção urbana tradicional no amplo terreno que abriga seu edifício caracterizado pela simetria das fachadas e pela sua volumetria com um jogo de volumes tendo um paralelepípedo central com alturas imponentes de 4,00m de pé direito e dois pavimentos, atrelados ao prédio principal existem outros paralelepípedos laterais com altura medianas, fazendo um jogo volumétrico e espacial interessante.

A estilização dos seus elementos estruturais (vigas, pilares e marquises) leva ao edifício um forte apelo ornamental e decorativo destacando esses elementos das paredes através de cores justapostas e diferentes materiais como madeira, vidro, mármore branca e ferro fundido. A incorporação da tipografia é outra característica marcante da edificação em fachada externa trazendo o nome da corporação e do brasão do Brasil. Na espacialidade interna  percebe-se amplos espaços com pé direito alto e devidamente integrados com o fluxo de uso do edifício, tendo em sua entrada principal um portão em aço fundido trabalho artisticamente cujos brasões destacam-se em suas folhas.

Ao adentrar ao Casarão vislumbra-se uma imponente escada bipartida em mármore branca originalmente com corrimãos em alumínio e coberta com um tapete carpete fica a escada na cor vermelha cardeal. Seus espaços internos foram projetados para se ter uma ampla iluminação natural e uma ventilação cruzada Leste-Oeste, sobretudo com uso de brises inclinados pré-moldados nas robustas paredes estruturais predominantes no edifício favorecendo o conforto ambiental.

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