Corpo de Bombeiros combate incêndio de vegetação no Icó
7 de outubro de 2023 - 06:52 #combate e prevenção a incêndio florestal #Corpo de Bombeiros combate incêndio de vegetação no Icó
Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará
vinte e seis especialistas em combate e prevenção a incêndio florestal atuam no Icó
Corpo de Bombeiros combate incêndio de vegetação no Icó, na Área Integrada de Segurança 21.
A princípio, o incêndio iniciou em 28 de setembro, sendo combatido pelos bombeiros militares de Iguatu e posteriormente, 02 de outubro, a missão foi assumida pelos especialistas em combate e prevenção a incêndio florestal que iniciaram as ações de controle do incêndio.
De acordo com o capitão Sócrates Alves Honório de Souza, “o primeiro combate é baseado na confecção de linha de defesa, que é a retirada da continuidade da vegetação, impedindo a propagação das chamas. Nesse caso não existe combate com água”, informou um dos especialistas.
“Essa ação é bastante eficiente, porém existem fatores que dificultam a extinção total. O relevo varia bastante, são altitudes entre 310m e 470m, variação que dificulta o acesso por viaturas e exige o deslocamento a pé firme. O acesso ao fogo só é possível através de uma marcha de 1,5km”, completou o capitão.
Conforme o capitão Waldomiro Loreto do Nascimento, outro especialista, detalhou e aprofundou sobre a linha de defesa, “o combate atualmente está sendo feito com a técnica progressiva funcional com linha rotatória . Em resumo é uma separação de vegetação e contenção da linha de fogo e monitoramento para impedir o avanço na vegetação. O progressivo funcional é uma linha armada com sete bombeiros militares cada, onde estes abrem linhas de defesa com foices, enxadas e soprovarredor para a separação do capinado na linha, Como a caatinga possui árvores com troncos mais espessos e capinzal dificulta mais a progressão do combate“.
Outras dificuldades
Contudo, outra dificuldade é a característica climática da região. As rajadas de vento chegam a 45km/h, a temperatura a 38°C e a umidade relativa do ar em 20% (dados do app windy). Nessa condição a vegetação perde muita umidade e a velocidade de propagação das chamas é alta, fazendo com que o impacto ambiental seja maior.
Ainda assim, mesmo diante dessas dificuldades os bombeiros militares especialistas estão conseguindo êxito. A evolução dos trabalhos é feita através do monitoramento de dados de satélites, disponibilizadas pelo INPE e do EO Browser/Sentinel Hub. No portal do BD queimadas a avaliação ocorre na contagem de focos de calor detectados na área do incêndio, como pode ser constatado na imagem percebe-se que o maior registro foi do dia 30 de setembro, vindo a cair no dia 6 de outubro após intenção intervenção dos bombeiros florestais. Já no sentinel Hub avalia-se a cicatriz (marca) deixada pelo fogo na vegetação, a imagem mais atual existente é do dia 5 de outubro, registrando uma área queimada de aproximadamente 5800 hectares.
capitão Sócrates, “nessa imagem fazemos a comparação dos focos de calor detectados”
Essa imagem mostra a área queimada até o momento
Além disso, nesta sexta-feira, 6 de outubro, uma aeronave da CIOPAER (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) comandada pelo tenente-coronel Yury, auxiliou a equipe de florestais com o lançamento de água sobre o fogo. A integração é exitosa, pois ao passo que a água arremessada reduz a intensidade das chamas, os bombeiros executam a linha de defesa, dando maior eficiência na estratégia de combate.
Também usamos bastante ferramentas tecnológicas na operação. Tanto para orientação no terreno, mapear as áreas queimadas, as principais rotas de acesso como para avaliar o cenário.
Para isso usamos aplicativos e o drone.
Prevenção
Por fim, a orientação para a população é de não causar fogo, seja em limpeza de propriedades, para remoção de lixo ou renovação de pastagens, pois as chances de perca do controle do fogo que podem ocasionar o incêndio florestal aumentam devidos as condições meteorológicas.
Vidas alheias e riquezas salvar!