Guarda-vidas da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, o Major Chailon Fonteles acompanha as ocorrências de águas-vivas e caravelas na Praia do Futuro. Ele reforça a atenção ao ambiente como principal prevenção. “Sempre alertamos que a praia, por ser ambiente natural, oferece riscos aos frequentadores. Apesar de ser um local de lazer, é preciso estar atentos aos organismos. Alertamos aos pais para que as crianças não se aproximem desses animais para não virem a sofrer de queimaduras”, indica.
A dor forte causada pelo contato com os filamentos dos animais é intensa e pode durar até meia hora. “É uma experiência bastante desagradável. É preciso superar uns 20 ou 30 minutos de dor”, conta o Major Chailon. Para aliviar a queimação, o mais indicado é lavar o local com água salgada. “Não usar água doce. Pode potencializar a queimadura. Se a água salgada estiver resfriada e gelada ainda é melhor para dar uma analgesia no local. Vinagre também é indicado”, completa o oficial. A lesão, contudo, pode precisar de atenção médica especializada. “Se a reação for muito intensa, ou a vítima for alérgica, o ideal é procurar atendimento médico com urgência”, recomenda o comandante da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo (1ªCSMar) do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS).
Confira as dicas para prevenir acidentes
– Esteja sempre em área protegida por guarda-vidas;
– Pergunte ao bombeiro sobre as condições da água e se há presença de águas-vivas e/ou caravelas. Se houver, evite entrar no mar;
– Saia da água imediatamente ao avistar águas-vivas e caravelas;
– Evite entrar no mar sozinho ou à noite;
– Não toque nos animais, mesmo aqueles que estejam aparentemente mortos na areia da praia.
– Se você for queimado, saia imediatamente da água e lave o local apenas com água do mar, sem esfregar as mãos na área afetada.
– A única outra substância recomendável para se colocar na área atingida é o vinagre, que neutraliza a ação da toxina.
– Caso haja grande área de queimadura, ou se surgirem sintomas como vômitos, náuseas, câimbras musculares ou dificuldade para respirar, é recomendado que se busque uma unidade de saúde para tratamento específico, principalmente se a vitima for alérgica.
Segundo o Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), as maiores taxas de reprodução das águas-vivas e caravelas são registradas no verão. Além disso, o aquecimento global e a pesca predatória que retira organismos competidores também favorecem o aumento da população das medusas.