Bombeiros de Sobral resgatam Píton Birmanesa Albina, em Mucambo

12 de dezembro de 2020 - 21:47 # # # # #

Uma serpente, de aproximadamente 4 metros de comprimento, da espécie píton birmanesa albina (Python molurus bivittatus albinu) foi resgatada na localidade de Caiçara, no Município de Mucambo, que fica distante 53,9 km de Sobral, na Área Integrada de Segurança 14 (AIS 14). Os moradores estavam bastante assustados, pois o animal foi avistado próximo as residências.

A guarnição de Busca e Salvamento da 1ªCia/3ºBBM, com sede em Sobral, foi acionada pela CIOPS-Sobral para o resgate desta serpente, por volta das 18h, desta sexta-feira (11). A guarnição foi composta pelo Subtenente Cleumárcio, Soldado Frota e Soldado Mauricio, na viatura CDC 001. O resgate foi realizado e o animal conduzido inicialmente à sede do Quartel em Sobral.

Conforme o Major Mardens Vasconcelos, “o animal possuía leves escoriações e foi entregue aos cuidados de uma clínica veterinária na cidade de Sobral, sendo realizada uma avaliação e tomados os devidos cuidados”, relatou o Comandante Adjunto da 1ªCia/3ºBBM.

Áudio do Médico veterinário que atendeu a Píton

Em nome do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) agradecemos a cortesia da Vet Pet Clínica Veterinária e Petshop pelo pronto atendimento a Serpente, sua classificação e guarda. Nossa continência e saudação. Muito obrigado!

Sobre a Píton

A píton-birmanesa é uma das criaturas mais avançadas evolutivamente da Terra, revelou um estudo do genoma da píton birmanesa que foi chefiado por Todd Castoe, da Universidade do Texas (sul), e incluiu 38 coautores de quatro países, uma descoberta que pode trazer esperanças para o tratamento de várias doenças que afetam os seres humanos.

“As serpentes parecem ter evoluído funcionalmente muito mais do que outras espécies”, disse David Pollock, da Universidade de Colorado (oeste dos EUA), autor principal do estudo publicado na revista da Academia Americana de Ciências, a “PNAS”.

A descoberta pode permitir, no caso dos humanos, encontrar um meio de deter mutações genéticas antes que estas causem doenças. Os cientistas consideraram interessante como este réptil nativo do sudeste asiático é capaz de comer criaturas tão grandes quanto ele próprio.

A píton birmanesa (Python molurus bivittatus) não só abre a mandíbula para comer uma presa grande como um cervo, mas seus órgãos chegam a crescer muito para digerir rapidamente o animal antes que ele se decomponha.

Em questão de um ou dois dias, o coração, o intestino delgado, o fígado e os rins da serpente aumentam de tamanho entre 35%-150%. Mas uma vez digerida a comida, os órgãos encolhem e voltam ao tamanho normal.

Python molurus bivittatus é uma espécie de cobra, também conhecida como píton birmanesa, que vive no sudeste e sudoeste. É uma das cinco maiores cobras do mundo e podem atingir até 8 metros de comprimento. Alimenta-se de cervos, porcos selvagens, roedores, répteis e aves. Não sendo peçonhenta.

Segundo o Tenente Coronel Moraes, “esta serpente não é natural da nossa região e muito menos do nosso país. É exótica e por ser albina, exótica e rara. Enquanto o animal se recupera vamos articular o seu traslado e logística para um local adequado a seu porte e necessidades de tratamento e atenção”, frisou o Comandante da 1ªCia/3ºBBM, com sede em Sobral.

Nosso lema é: Vidas alheias e riquezas salvar!