Prevenção de acidentes aquáticos e a prática do kitesurf
1 de agosto de 2023 - 09:22 #Prevenção de acidentes aquáticos e a prática do kitesurf
Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará
No domingo, 25 de setembro de 2022, na Praia de Cumbuco, em Caucaia, onde se registrou recorde mundial de 884 kitesurfistas velejando ao mesmo tempo
Prevenção de acidentes aquáticos e a prática do kitesurf. A princípio, por meio da Lei 16.586, em 5 de julho de 2018, se instituiu o o dia oficial do kitesurf e do Kitesurfista, no Estado do Ceará, que se comemora no dia 01 de agosto no estado do Ceará.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Fica instituído, no Estado do Ceará, o Dia Oficial do Kitesurf e do Kitesurfista, a ser comemorado, anualmente, no dia 1º de agosto.
Art. 2° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 05 de julho de 2018.
Camilo Sobreira de Santana
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Iniciativa: DEPUTADO JOAQUIM NORONHA
A prática do esportes aquáticos
Primeiramente, a prática de esportes aquáticos como o surf, o iatismo, o stand up paddle, o kitesurf e outros já é difundida há muito tempo no litoral cearense. Porém, nos últimos tempos, o kitesurf alcançou maior notoriedade. Os “verdes mares bravios” somados à ininterrupta circulação de ventos alísios, à geografia costeira favorável e ao suporte turístico regional constituem as condições favoráveis para uma prática quase ideal desse esporte.
No entanto, os praticantes desse empolgante esporte devem seguir as regras de segurança para não colocar a si mesmos e os demais frequentadores das praias e lagoas em risco. O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), defensor incansável da prevenção, orienta que a melhor forma de evitar os acidentes seja a difusão da consciência preventiva e da educação dos velejadores. Agir preventivamente reduz a chance de acontecer um acidente fatal e evita custos altíssimos para o erário público.
O CBMCE orienta que os praticantes desse esporte aquático tenham a consciência de que o Kitesurf é um esporte radical, que exige preparos técnico e físico, além da adoção de medidas preventivas de segurança, tais como:
1. De acordo com a NORMA 03/DPC da MARINHA DO BRASIL, recomenda-se o uso de colete salva-vidas (CLASSE V – fabricado para emprego exclusivo em atividades esportivas tipo moto aquática, banana-boat, esqui aquático, windsurf, parasail, rafting, kitesurf, pesca esportiva, embarcações de médio porte (empregadas na navegação interior) e embarcações miúdas);
Uso de colete e capacete
2. Considerando que a prática do kitesurf pode ameaçar a integridade física de banhistas, além de gerar várias reclamações dos frequentadores das praias que se banham na zona de arrebentação, é salutar que o velejo ocorra a partir de 200 metros da linha base da praia que é frequentada por banhistas;
Velejador perto de banhista
3. Como medida adicional de segurança, a prática do esporte deve ser realizada em companhia de outras pessoas.
Prevenção
Quadro resumo de regras e recomendações para a prática do kitesurf com segurança:
1.Local: Analisar o local da prática: antes mesmo de montar o equipamento, o praticante deverá realizar uma análise detalhada do local onde irá velejar. Devem ser observados e analisados os perigos a sota-vento e a barlavento: analisar obstáculos que estão influenciando no vento, quais perigos existem em terra (local de montagem, pouso e decolagem) e na água (na superfície da água e submerso). Durante a montagem do equipamento em terra deve-se ter de área livre a sota-vento pelo menos 3x o tamanho das linhas e de través pelo menos 2x o tamanho das linhas de área livre de cada lado.
2. Ambiente: Importante verificar a previsão do tempo, força e direção do vento, marés e outros fatores relacionados ao meio ambiente que possam influenciar na atividade.
3.Atividades: Observar e analisar quais outras atividades irão interagir com a prática do kite tanto na terra como na água. Ex: pessoas caminhando na praia, veículos circulando na areia, surfistas, banhistas, outros velejadores de kite, etc.
4.Montagem: Verificar obstáculos próximos ao local de montagem, observar o piso (tipo de piso e se tem algum objeto que pode danificar o equipamento.
5.Decolagem: Verificar obstáculos que possam colocar em risco o velejador: carros, prédios, fios de alta tenção, pessoas etc., NÃO decole / voe seu kite próximo a fios elétricos, postes, árvores, prédios, ruas e qualquer outro obstáculo que possa ser perigoso.
6.Pouso: Antes de decolar o kite é muito importante verificar quais são os possíveis locais para saída da água e local seguro para pouso. Observar um local para um possível “selfland” em caso de emergência.
Fonte: Adaptado da apostila da Clínica de Homologação de instrutores da ABK (2020)