Bombeiros do Ceará orientam como proceder em caso de ataque de abelhas

25 de abril de 2021 - 10:17 # # # # # #

Texto: 1º Tenente Francisco Eduardo Fideles Dutra - Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE).

Bombeiros do Ceará orientam como proceder em caso de ataque de abelhas

Bombeiros do Ceará orientam como proceder em caso de ataque de abelhas. A princípio, apenas em situação de ameaça de sua colmeia que as abelhas apresentam comportamento agressivo. Ou seja, só atacam para defender o local de moradia dela e da família.

Contudo, “no verão as colmeias estão populosas, um ataque maciço pode ser desencadeado a qualquer momento por alguma perturbação, como vibração do solo por máquinas nas ruas, barulho de máquina de cortar grama, entre outros”, explica o comandante do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS), o tenente-coronel Albert Arruda.

Igualmente, o aparecimento repentino de um amontoado de abelhas em troncos de árvores ou beiradas de casas, parecendo uma bola, é muito comum na primavera e no verão, pois são famílias que estão de passagem em busca de um novo local para se instalar. “Nesses casos, em que as abelhas não estão instaladas, dificilmente ocorrerá um ataque maciço delas. Mesmo assim, é recomendado não se aproximar, fazer ruídos ou mexer com elas. Dentro de um prazo de no máximo uma semana elas sairão do local seguindo seu destino. Caso esteja em local que precise de acesso ou tenha presença de crianças e animais presos, é necessário contatar um profissional para remoção do enxame”, alerta o comandante do BBS.

O que fazer em caso de ataque de abelhas africanizadas

O Corpo de Bombeiros reforça e alerta que as abelhas são agressivas quando se sentem ameaçadas. Portanto, muito cuidado ao avistar um enxame de abelhas. Ruídos, cheiro forte (evitar perfume), tremores, vibrações, movimentos rápidos chamam a atenção delas. Todavia, quando o ataque é desencadeado, as abelhas atacam indiscriminadamente a todos que estiverem nas redondezas.  Entretanto, os sintomas na pessoa picada podem variar de vermelhidão local a morte, dependendo do número de picadas e da sensibilidade da pessoa ao veneno da abelha. Aconselha-se procurar assistência médica o mais rápido possível.

Algumas dicas de como proceder em caso de ataques:

– Sempre, afaste-se da colmeia o mais rápido possível e sem fazer barulho;

– Caso seja atacado. Fuja, se conseguir, corra dentro de alguma plantação realizando zig-zag. E só pare quando tiver certeza absoluta que elas não estão mais atrás de você;

– Não tem um plantação por perto nem um ambiente aberto que permita a corrida? Se tiver algum rio ou piscina, mergulhe. Uma das formas mais clássicas de evitar um ataque desses é indo para baixo da água.

– Quando já estiver protegido, socorra quem estiver sendo atacado com uma coberta ou algo parecido, ou a uma distância segura, onde já não se observem abelhas sobrevoando;

– Se a vítima receber grande número de picadas, chame o serviço de emergência médica para que a pessoa atacada receba os devidos cuidados;

– Independentemente do número de ferroadas, se estiver se sentindo mal (queda de pressão, falta de ar, aparecimento de manchas avermelhadas pelo corpo ou outro sintoma), procure atendimento médico imediato. Você pode ser alérgico e precisará de atendimento rápido.

Primeiros socorros

Quando a pessoa já estiver em segurança, fora do raio de ação das abelhas, recomenda-se proceder conforme descrito abaixo:

– Retirar imediatamente os ferrões para evitar que todo o veneno seja injetado na vítima. Para isso, não utilizar o dedo ou pinça, a fim de não comprimir a bolsa de veneno. Recomenda-se retirar os ferrões com o auxílio de uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente rente à pele;

– Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente, sem esfregar a pele para não espalhar mais rapidamente o veneno;

– Aplicar bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço.

– Aplicar no local das ferroadas, sem esfregar, uma pomada com antialérgico e analgésico para amenizar as dores.

– Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão passando bem, procurar atendimento médico com urgência.

Dicas para os apicultores

Em áreas urbanas se deve evitar ao máximo a instalação de colmeias. Ao instalar o apiário, recomendamos que o apicultor deve observar as seguintes distâncias mínimas de habitações, estradas, animais presos e locais de circulação de pessoas:

– Apiários com até 10 colmeias: 150 metros quando existir uma barreira com florestas ou outras e 300 metros em locais sem barreiras;

– Apiários com mais de 10 colmeias: 200 metros quando existir barreira e 300 metros em locais sem barreiras.

Leia mais

A 6ª Companhia do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (6ªCia/3ºBBM – Quartel de Canindé) captura e cria abelhas, em apiário próprio, na Área Integrada de Segurança 15 (AIS 15).

Através de uma parceria firmada pelos Comandantes da 6°Cia/3ºBBM, Tenente-Coronel Sousa Júnior e 1° Tenente Erasmo, com o Presidente da Ematerce, Dr. Amorim, foi realizado um curso de apicultura onde os Bombeiros Militares passaram a não somente capturar as abelhas, mas também a criá-las, preservando a natureza e produzindo mel para consumo próprio da unidade.

Siga nossas Redes Sociais

CBMCE - Bombeirinho

Vidas alheias e riquezas salvar!