Bombeiros do Ceará concluem Curso de Instrutor de Combate a Incêndio no CBMDF

25 de junho de 2019 - 08:07

O primeiro-tenente José Guilherme Veras Neto e o Cabo Hanilson Santos de Oliveira concluíram neste mês de junho a sétima edição do Curso de Instrutor de Combate a Incêndio – CICOI, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

O curso é focado em técnicas pedagógicas educacionais para as diversas vertentes do combate a incêndio urbano. Por isso, logo no processo seletivo um dos pré-requisitos é que o militar já tenha concluído um curso de especialização em operações de incêndio, a exemplo do que o tenente Guilherme (CBMERJ) e o cabo Hanilson (CBMBA) já haviam feito.

“O CBMDF é o berço das mais modernas doutrinas de combate a incêndio urbano do Brasil. Na primeira década dos anos 2000, diversos instrutores do DF buscaram inovações em vários países do exterior, se aprimoraram realizando pesquisas e passaram a difundir o conhecimento ofertando vagas desse curso para outros estados da federação. Graças a essa rede de militares especializados construída ao longo dos anos, hoje temos os diversos estados do país falando a mesma língua, alinhados na mesma doutrina de combate a incêndio urbano. E hoje todos os estados seguem se aprimorando e compartilhando as novidades que vão surgindo, gerando um salto na qualidade do serviço prestado pelos Corpos de Bombeiros a sociedade”, explica o tenente Guilherme sobre a importância do curso.

Ao longo das sete semanas de curso, os militares tiveram contato com diversas metodologias de ensino operacionais, táticas e estratégicas e modelos de treinamento com fogo real. Também tiveram contato com novas tecnologias utilizadas pelo CBMDF, mas que ainda não existem no CBMCE e que aumentam consideravelmente a eficiência do combate. É o caso do CAFS (sigla em inglês para Sistema de Espuma por Ar comprimido), que é um agente extintor biodegradável e muito mais eficiente que a água.

A implementação do CAFS no Distrito Federal fez o CBMDF ganhar um prêmio nacional de sustentabilidade pela economia de água nas ocorrências. Esse sistema inovador é capaz de economizar até seis vezes o gasto de água no combate a incêndios urbanos. “Essa economia é muito almejada por nós, que servimos em um estado que historicamente enfrenta diversas crises hídricas”, explica o oficial.

Outra nova ferramenta é a câmera térmica. Ela agrega vantagens como permitir que o bombeiro localize com muito mais facilidade vítimas presas no interior de ambientes sem visibilidade, típicos de incêndios. Também destaca pontos de calor, revelando possíveis focos aquecidos e escondidos, imperceptíveis a olho nu, ajudando a otimizar a direção dos ataques, diminuindo o consumo de água e o tempo necessário para a extinção do incêndio.

“Nós fomos enviados com uma missão muito maior do que apenas concluir o curso. Iremos transmitir para os militares do CBMCE todo o conhecimento adquirido nessa experiência e buscaremos a implementação e a difusão das novas tecnologias no atendimento diário dos incêndios enfrentados por nossa tropa. Desde os pequenos até os de grande porte. O que certamente irá melhorar exponencialmente a qualidade do serviço prestado pelos bombeiros a população cearense”, avalia o cabo Hanilson.